mostraste tudo o que eu nunca esperei de ti. eras uma das pessoas em que eu mais confiava, com quem eu me sentia mais à vontade, num pequeno e confortável mundo, só nosso e no fundo nunca soube definir muito bem esta nossa relação tão especial.
contigo descobri-me até a mim própria. cresci, tornei-me uma pessoa diferente e mais forte. aprendi a aproveitar cada momento, que agora apenas posso reviver.
hoje, aprendo que tudo na vida é temporário e percebo o quanto sinto a tua falta, da pessoa que eras. lamento que tudo acabe assim, contigo a ter uma ideia errada minha. que penses que eu fosse capaz de tentar intervir com a tua felicidade, que fosse mesmo ao ponto de mentir. com que objectivo?
amei-te? sim, demasiado, até. mas nunca seria capaz de te tentar impedir simplesmente porque estás com alguém. não quero que me perdoes por algo que nunca tive culpa, e entende que sobre este assunto nunca irás ouvir a palavra:  "desculpa" sair da minha boca.
o facto de não falares comigo mostra que te deixas-te influenciar, como sempre.  baseaste-te na opinião dos outros e não pensaste sequer em mim quando agora nem existo para ti.
é triste quando desvias o olhar, quando baixas a cara com vergonha, quando ignoras todas as tentativas de aproximação, quando te afastas, quando olhas como quem critica, quando falas claramente de mim a outros. desiludi-te? é mais do que mútuo. gosto de ti mais o que alguma vez possas vir a imaginar, mas isto é quem sou, tenho pena que as tuas influências não me possam aceitar.
por fim, agradeço todos os momentos que passámos juntos, e apesar de tudo quero que saibas que guardo cada um melhor do que o outro. cada partilha de sorrisos, um abraço, um beijinho, uma gargalhada... percebe que isso a minha mente nunca irá esquecer, bem como as desiulusões que já tive quando o motivo eras tu.
se um dia foste um amigo (demasiado) especial, hoje estás a tornar-te num estranho. até um dia

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