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já pensei excessivamente no mesmo assunto. já bati tantas vezes na mesma tecla. e já cometi tantas vezes o mesmo erro, por mais caminhos que tome... mas o quero eu afinal? esta relação não assumida, a tua difícil maneira de ser, os momentos de maior tensão, as vírgulas sempre mascaradas de pontos finais... dão-me uma enorme vontade de desistir de tudo quando o que sei é nada. e depois dá-me aquela vontade de pegar em tudo e tentar de novo,  como quando estamos a tentar fazer algo e isso não resulta e, irritados, deitamos tudo para o chão.
achei que terminar seria sempre terminar. mas em relação ao coração não, nunca. como me poderia sequer atrever a pensar nisso?! pois será que uma paixão terminará alguma vez? quando o que sentimos é real, tudo destrancará os sentimentos escondidos na maior das profundezas do nosso ser, por mais que tentemos impedir ou negar tal coisa.
pior do que já não te perceber a ti é já não me perceber a mim. para ser sincera, acho que nunca na vida nos vamos entender a nós próprios como pessoas, pelo menos completamente, embora tenhamos sempre a ilusão de que sim. muitas vezes reagimos de forma diferente daquela que era expectável dadas as nossas características ou da maneira que nós esperávamos, influenciados pela tentação de dizer o que realmente nos vai na alma ou acanhados pela reacção de tais palavras.
e eu não me entendi naquele momento. não compreendi a razão de nenhuma palavra sair da minha boca quando milhões passeavam na minha mente, enquanto tu as referias todas, tentando atenuar este fim, mais um para a nossa colecção. não compreendi a razão de a única coisa que consegui dizer foi "não sei" sucessivas vezes. não compreendi a razão de não te ter impedido de me deixares assim, sem nada para deixar o orgulho mais animado. mas alguma vez compreenderei a razão de qualquer coisa que acontece entre nós?
estranho como, sempre sabendo o que dizer, as palavras escapam constantemente no momento certo. relembro e faço tuas as minhas palavras: "sabes, não conseguimos estar sozinhos... juntos". agora esboço um meio sorriso de cada vez que me lembro disso tão bem retido na minha memória. pois é, não conseguimos mesmo.