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já não há muito mais a dizer porque a notícia é idêntica e repete-se pela terceira vez num tão curto espaço de tempo. o cenário também esse é semelhante: o caminho de terra batida, as inúmeras placas de mármore e outras apenas com flores de tão recentes que são. as roupas do mesmo tom escuro, a triste expressão em todos os rostos que deixam os meus olhos rasos de lágrimas, a longa missa ... e o pior, aquele terrível som da terra a cair bem para o fundo, batendo na madeira do caixão.
é aí que caio na realidade, que percebo que é realmente o fim... e que fim esse, tão doloroso! é o fim das memórias inesquecíveis que passei com grandes pessoas, em família, é o encerro dos melhores momentos que já tive, daquela minha infância tão simples, tão descontraída e feliz.
e mais triste do que não poder voltar atrás para reviver todos estes momentos é perder quem os viveu connosco. mostra o quanto mudámos, o quanto crescemos. mostra que o tempo realmente não pára e que por isso é altura de darmos valor às coisas, de abrir os olhos.
o tempo e a distância fizeram-me aproveitar pouco os últimos momentos de vida destas pessoas e o egoísmo pesa-me na consciência. não tive oportunidade de me despedir de quem mais deu por mim e parece que isto é uma ferida que nunca acaba por sarar e que temo que nos próximos tempos continue assim.
enquanto que o mundo perde o que há de melhor, o céu ganhou três grandes estrelas que agora se encontram definitivamente num melhor lugar.  e se já perdi um devido ao cancro? não vou perder outro por isso força tio f não quero que fiques na mesma situação...

tio z e avós um grande obrigada por tudo. tornaram a família mais unida, nunca se esqueçam.