cheguei ao fim. atingi o meu limite, já não há mais nada para além disto. ganhei-te a custo, perdi-te em minutos, como se fosses água que escorre tão facilmente por entre as minhas mãos, as mesmas que pouco tempo antes se prendiam nas tuas costas, no escuro de um abraço apertado, múltiplos beijos e uma troca de palavras apaixonante e ternurenta.
sinto a tua falta mais do que nunca, como nunca antes senti, pois não só te perdi como perdi também um pouco de mim. mas sei que agora estou sozinha e provavelmente assim continuará. num misto de insegurança e orgulho, não te revelo o que sinto e ponho a máscara de alguém descontraído, que nem sequer coloca a probabilidade de se importar com o facto de já não quereres saber de mim.
mas essa pessoa é o meu oposto pois a tua facilidade, não só em me deixares sozinha num ápice como em me substituíres como se não fosse nada põe-me a matutar na tua zanga sem sentido e nas tuas más atitudes para comigo e custa. muito.
mas conhecendo-te como te conheço, familiarizada com todos os cantos do teu ser, de todas as maneiras e feitios, sei que, apesar de te enganares até a ti próprio, não sou a única com saudades. e por inúmeras tempestades que existam, o sol aparece sempre mais tarde, independentemente da sua demora. e aí então trocaremos de disposições e roubarte-ei essa felicidade ridícula e enervante que tens agora e o sorriso estará estampado na minha cara

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